Paciente masculino, 61 anos, foi atendido pelo médico da UBSF do seu bairro, relatando ter notado ""estrias de sangue nas fezes"" há três dias. Refere que houve mudança no seu hábito intestinal, com diarreias alternando com obstipação intestinal e que vem perdendo peso há três meses. Perguntado sobre doenças na família, referiu que o pai faleceu de ""câncer no intestino"". O médico solicitou hemograma, pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia e o encaminhou para marcar os exames. Após quatro meses, o paciente retorna à Unidade de Saúde referindo que o sangramento anal aumentou, que sente muita fraqueza, perda de apetite e que teve um emagrecimento acentuado. O mesmo médico o atendeu e a conversa entre os dois foi assim:
DOUTOR: - Bom dia. O Sr. realizou os exames que eu te pedi?
PACIENTE: - Bom dia, doutor! Eu não fiz ainda.
DOUTOR: - Como não fez? Assim não dá! Como vou saber o que o senhor tem?
PACIENTE: - Desculpa, doutor! A culpa não foi minha. Marcaram os exames para daqui a seis meses, e eu só piorando.
DOUTOR: - Infelizmente, sem os resultados dos exames não posso fazer nada.
PACIENTE: - Paciência, né doutor, paciência. Vamos aguardar. Quem sabe Deus dá um jeitinho. Muito obrigado! Assim que conseguir os exames eu volto.
Ao ler esta história fictícia, mas que acontece todos os dias em grande parte dos serviços de saúde do Brasil, qual a diretriz da Política Nacional de Atenção Básica que não foi levada em conta pelo médico e pela equipe de saúde da UBSF?