Paciente do sexo feminino, de 72 anos de idade, com história de hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, obesidade grau 2, fibrilação atrial crônica, lombalgia crônica por espondiloartrose e transtorno depressivo crônico. Faz uso regular de dipirona, losartana, insulinas NPH e regular, metformina, sertralina e varfarina, não fuma e ingere cerveja diariamente, mas não sabe precisar a quantidade ao Médico de Família e Comunidade (MFC). Paciente vem à Unidade de Saúde da Família, onde é seguida há 17 anos, para atendimento eventual. Durante consulta com o MFC informa que, há cerca de 3 meses, após a morte do esposo, vem apresentando, diariamente, tristeza, anedonia, insônia, perda de apetite, sentimento de menos valia, sem esperança de melhora no futuro. Nega sintomas psicóticos. Paciente está morando sozinha, tem apenas uma filha e a relação das duas sempre foi muito conflituosa, com piora nos últimos meses, devido a desentendimentos pela divisão da herança do esposo. Paciente reduziu suas atividades sociais de costume, perdendo contato com amigos e outros familiares. Ao ser questionada pelo MFC, responde que tem vontade de morrer, pois já não vê solução para sua vida. Revela que, há cerca de 20 anos, ingeriu vários medicamentos para tentar tirar a própria vida. Ela relata que pensa em tirar a própria vida tomando grande dosagens de seus medicamentos, de uma só vez. Paciente sente que suas forças para suportar a dor emocional estão se acabando. Qual é a conduta mais adequada?
Questão
SP - Universidade de São Paulo - USP - RP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP)
2025
Residência (Acesso Direto)
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A
Encaminhar a paciente a um serviço de urgência, se ela estiver acompanhada por alguém de sua confiança e se houver o seu consentimento ou de seu acompanhante.
B
Encaminhar a paciente a um serviço de urgência, acompanhada por profissionais de saúde ou alguém de sua confiança, independente do consentimento da paciente.
C
Utilizando-se do vínculo que possui com a paciente, otimizar o tratamento farmacológico da depressão, agendar retorno dentro de um a dois dias e solicitar avaliação da psicóloga da USF.
D
Preencher o formulário de encaminhamento e orientar a paciente a procurar o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de referência para atendimento com psiquiatra e equipe multiprofissional, agendando retornos curtos na USF.