Paciente do sexo masculino, 58 anos de idade, vem apresentando há 5 anos dispneia progressiva aos esforços associado à tosse predominantemente noturna, ora seca com expectoração brancacenta. Tabagista há cerca de 40 anos, progredindo de 0,5 maço a 2,0 maços/dia a cada 10 anos. Radiografia de tórax mostrava sinais de hiperinsulflação pulmonar. Espirometria com os seguintes valores: Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1) pré-broncodilatador (BD) 45% do previsto e pós BD 48% previsto, Capacidade Vital Forçada (CVF) pré BD 70% do previsto e pós BD 72% do previsto, VEF1/CVF pré BD 0,54 e pós BD 0,56. Assinale a alternativa INCORRETA.
Questão
MG - Universidade Federal de Uberlândia - UFU (Hospital de Clínicas de Uberlândia - HCU)
2012
Residência (Acesso Direto)
Paciente-sexo1017122d8d0
A
Sempre que um paciente apresentar tosse e dispneia crônica associada a tabagismo significativo deve-se pensar em Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, embora apenas 15- 20% dos tabagistas desenvolverão DPOC.
B
A fumaça proveniente de fogão à lenha e da queima de biomassa estão também relacionadas com a etiopatogênese da doença.
C
A radiografia de tórax é importante para confirmar o diagnóstico de DPOC e suas alterações são importantes no prognóstico do paciente.
D
A limitação ao fluxo aéreo se dá por dois mecanismos: doenças de pequenas vias aéreas com inflamação e remodelamento e destruição do parênquima pulmonar com perda de recolhimento elástico e perda das ligações alveolares.
E
A espirometria é o exame que define o diagnóstico e o estadiamento. No paciente acima, o diagnóstico é de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica no estado III (grave).