Paciente do sexo masculino, 37 anos, é atendido no ambulatório com quadro de cinco dias de mal-estar geral e desconforto no hipocôndrio direito, associado a náuseas. Três dias depois, apareceram icterícia e colúria. Feito diagnóstico presuntivo de hepatite viral aguda, foram solicitados exames laboratoriais, cujos resultados são: • Hematologia e bioquímica: Hemácias: 3,7 milhões/mm³, Leucócitos: 2.800/mm³ (segmentados 55%, linfócitos 40%); Plaquetas: 187.000/mm³; bilirrubinas totais / bilirrubina direta: 8,4 / 6,2 mg/dl; AST 1.280 UI/L; ALT: 890 UI/L; TAP: 62%. • Sorologia: anti-HAV IgM negativo; anti- HAV IgG positivo; HBsAg positivo; anti-HBc IgM positivo, anti-HBs negativo; anti-HCV negativo. COM BASE NO QUADRO CLÍNICO, ANALISE AS ALTERNATIVAS A SEGUIR:
I - Trata-se de um quadro de hepatite B aguda e contato prévio com o vírus da hepatite A. O tratamento deve ser feito com sintomáticos e deve-se introduzir lamivudina nos quadros com evolução para fulminação.
II - Trata-se de um quadro de hepatite B e A agudas. O paciente deve receber tratamento sintomático e deve-se avaliar no sexto mês do início do quadro a possibilidade de cronificação ou não da hepatite B.
III - Nos casos de hepatite B aguda, a avaliação do HBeAg é fundamental para avaliar a gravidade da doença e o potencial risco de fulminação.
IV - Caso persista o HBsAg após 24 semanas do quadro, pode-se afirmar que houve cronificação, e o paciente deve ser encaminhado para um centro de referência.
V - Neste caso, a possibilidade de cura com soroconversão do HBsAg para anti-HBs está em torno de 90 a 95%.
Estão corretas as afirmativas: