GABARITO: ALTERNATIVA A

A principal via de transmissão da hepatite A é por via oral-fecal, por ingestão de água ou alimento contaminado ou a partir de contato interpessoal. Também pode ser transmitida por via parenteral e sexual (principalmente em homossexuais do sexo masculino). Sendo assim, a doença é mais comum em locais com precárias condições de saneamento básico e higiene.

Após a ingestão do vírus, o mesmo é atravessa a mucosa intestinal e chega ao fígado pela circulação porta. No fígado, há replicação do vírus no citoplasma do hepatócito e excreção do vírus pela via biliar e consequente, pelas fezes.

Os pacientes com hepatite A podem se apresentar sem sintomas, com sintomas inespecíficos simulando uma gripe ou uma gastroenterite ou com os sintomas típicos (icterícia, colúria, prurido e acolia fecal). Apenas 5 a 10% das crianças apresentam icterícia, enquanto nos adultos, 70 a 80% possuem esse achado. A hepatite A raramente evolui com hepatite fulminante, que ocorre em menos de 1% dos casos. Importante lembrar que a hepatite A não cronifica.

A presença do Anti-HAV IgM positivo confirma a hepatite A aguda. Já a presença do anti-HAV IgG positivo indica que o paciente já teve hepatite A ou foi vacinado. Os principais achados laboratoriais estão listados na tabela abaixo.

Para a profilaxia da hepatite A estão disponíveis a imunoglobulina (IG) e a vacina inativa. Quando a IG é administrada antes da exposição ou no período de incubação é eficaz na prevenção da hepatite A clinicamente evidente. Para a profilaxia pós-exposição dos contatos íntimos (domiciliares, contatos sexuais e institucionais), o uso da IG deve ser feita até no máximo duas semanas do contato. Não há necessidade de se fazer profilaxia nos indivíduos já vacinados e nos contatos casuais (escritório, fábrica, escola ou hospital).

As vacinas inativadas são seguras, imunogênicas e efetivas na prevenção da hepatite A. São aprovadas para uso em indivíduos com mais de 1 ano de idade e parecem proporcionar proteção a partir de 4 semanas após uma inoculação primária. Como a vacina fornece proteção duradoura, ela é indicada para profilaxia pós-exposição em indivíduos saudáveis com idade entre 12 meses e 40 anos. Para menores de 12 meses, idosos, imunossuprimidos e pacientes com hepatopatia crônica, a IG deve ser recomendada.

O tratamento consiste em repouso, uso de antitérmicos e antieméticos. A grande maioria dos pacientes evoluem com melhora espontânea. Os pacientes também não devem usar medicamentos hepatotóxicos e devem evitar o consumo de álcool por 6 meses.