Os anticoagulantes orais diretos (DOACs) são medicações orais desenvolvidas nas últimas décadas para superarem alguns desafios existentes no uso do anticoagulante oral mais utilizado no mundo, a warfarina: os DOACs sofrem menos interferências de outras substâncias em sua absorção oral, possuem uma meia-vida significativamente menor (o que facilita a reversão de seu efeito) e são menos propensos a episódios de intoxicação pela medicação.

Com o uso cada vez mais disseminado dos DOACs, algumas questões de prova começam a abordá-los. O que é mais importante você saber, Estrategista, é o mecanismo de ação destas medicações e seus antídotos.

A maioria dos DOACs são inibidores diretos do fator Xa: rivaroxabana (Xarelto®), apixabana (Eliquis®) e edoxabana (Lixiana®). Note que todos eles trazem o XA no próprio nome: rivaroXAbana, apiXAbana, edoXAbana. A exceção é a dabigatrana (Pradaxa®), que age inibindo a trombina (fator IIa - possui BI no nome).

A dabigatrana também é diferente dos outros DOACs quanto a seu antídoto: rivaroxabana, apixabana e edoxabana são revertidos com uso da andexanet alfa, enquanto o antídoto da dabigatrana é o idarucizumabe. Por fim, lembre-se de um último ponto: a dabigatrana é o único DOAC que pode ser retirado na hemodiálise.

Mas o que o examinador aqui nos pergunta é qual o DOAC de menor excreção renal. Esta é uma informação que nunca havia sido cobrada nas provas e é pura decoreba: o DOAC de menor excreção renal é a apixabana, porque é majoritariamente excretada pelas fezes. Vamos buscar a apixabana nas alternativas?