GABARITO: ALTERNATIVA B

O tecido trofoblástico, o qual forma a placenta, sintetiza e secreta uma enorme variedade de hormônios, dentre eles:

• Gonadotrofina coriônica humana (hCG);

• Hormônio lactogênio placentário (hPL);

• Progesterona; • Estrógenos;

• Hormônio tireotrófico coriônico – apresenta concentrações maiores durante o primeiro trimestre e é semelhante ao TSH hipofisário, embora sua ação seja muito menos potente do que a dele;

• Hormônio adrenocorticotrófico coriônico – semelhante ao ACTH hipofisário, mas com ação biológica bem menos potente; e

• Hormônios coriônicos similares aos hormônios hipotalâmicos – semelhantes ao hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) e ao hormônio liberador de corticotrofina (CRH). O CRH é responsável por estimular a síntese de prostaglandinas pela placenta e atuar como vasodilatador na circulação uteroplacentária, sendo que sua secreção é estimulada em situações de estresse, como ocorre nos casos de restrição de crescimento fetal. O CRH ainda estimula a produção de glicocorticoides fetais responsáveis pela maturação do pulmão fetal durante o terceiro trimestre.

O hormônio lactogênio placentário (hLP ou hPL) é um dos hormônios queridinhos pelos examinadores ao elaborarem as provas de Residência Médica. Também chamado de hormônio somatotrófico coriônico ou somatotrofina coriônica, é produzido pelo sincíciotrofoblasto e, à medida que a placenta aumenta de tamanho no decorrer da gravidez, sua concentração plasmática também aumenta gradualmente até próximo do termo da gestação.

O lactogênio placentário é muito importante para que mudanças no metabolismo materno ocorram e as demandas nutricionais do feto sejam supridas. Sua principal função é aumentar a resistência periférica à ação da insulina e, dessa forma, proporcionar que mais glicose esteja disponível para ser transferida ao feto, assegurando sua nutrição. Vale ressaltar que, em gestantes sem alterações metabólicas, a produção pancreática de insulina irá aumentar com o objetivo de compensar o efeito contrainsulínico e a hiperglicemia desencadeada pela ação do hLP. Dessa forma, não ocorre desequilíbrio no metabolismo glicêmico da gestante.

Diante do exposto acima, a alternativa correta é a letra “b”.