Os principais agentes etiológicos da ancilostomose são Ancylostoma duodenale, Necator americanus e Ancylostoma ceylanicum, sendo o primeiro o principal responsável pela doença no Brasil.

O contato direto da pele do hospedeiro com o solo contaminado é a principal forma de transmissão da ancilostomíase. Nesses casos, o parasita é encontrado no solo em seu terceiro estágio e só consegue atingir a maturidade sexual após penetrar na pele do hospedeiro, realizar o ciclo pulmonar e alcançar o intestino delgado, onde se fixa através da sua peça bucal.

A principal forma de infecção por esses parasitas ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados, quando são deglutidos em seu terceiro estágio e passam pelas próximas fases de evolução na luz do tubo digestivo, sem fazer ciclo pulmonar. A infecção por contato direto da pele do hospedeiro com o solo contaminado é menos prevalente.

Assim como Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale e Necator americanus também realizam ciclo pulmonar, sendo que, após a infecção percutânea, a larva no seu terceiro estágio perde sua cutícula e ganha a circulação pulmonar, onde passa para seu quarto estágio. Após atingir esse estágio, o parasita encontra-se sexualmente maduro e pode realizar cópula ao atingir o intestino.

Os vermes adultos parasitam seres humanos apenas nas porções altas do intestino delgado, após a papila de Vater; por isso, não é possível os encontrar após esse segmento, dada a impossibilidade de adesão das suas peças bucais à parede do íleo e do ceco, por exemplo.