Questão
RS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (Hospital de Clínicas de Porto Alegre - HCPA)
2022
Residência (Acesso Direto)
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Primigesta-16-anos-foi1578b24053e
Primigesta de 16 anos foi trazida à Emergência pelo SAMU desacordada, com história de ter sido encontrada caída em casa, realizando movimentos descoordenados compatíveis com convulsões tônico-clônicas. Na carteira de pré-natal, havia registro da consulta realizada na 34ª semana de gestação e da condição de normotensa há até 2 semanas quando a pressão arterial (PA) indicou 140/90 mmHg. Durante a avaliação inicial, novamente ocorreram convulsões. Apresentava mucosas coradas, PA de 170/120 mmHg, frequência cardíaca de 100 bpm, frequência respiratória de 20 mpm e temperatura axilar de 36,8°C. Os batimentos cardiofetais estavam em 110 bpm (logo após a convulsão), e o tônus uterino, normal, sem atividade contrátil percebida à palpação. Ao toque vaginal, o colo uterino encontrava-se fechado e o feto, em apresentação cefálica. Imediatamente, foi cateterizada uma veia periférica e instalado um frasco de 1.000 ml de solução fisiológica, tendo sido coletadas amostras de sangue e de urina para exames. O teste de fita em amostra urinária revelou proteinúria de 4+. Diante do quadro clínico, a conduta mais adequada é administrar:
A
diazepam (10 mg) + hidralazina (5 mg) por via intravenosa (IV), solicitar tomografia computadorizada de cérebro e indicar cesariana.
B
hidantal (10 mg/kg) por IV + nifedipina (5 mg) por via oral (VO), solicitar tomografia computadorizada de cérebro e indicar cesariana.
C
midazolan (1g) por IV + nifedipina (5 mg) por VO + betametasona (12 mg) por via intramuscular, fazer perfil biofísico fetal e, se possível, aguardar até a 36ª semana para a resolução da gestação.
D
sulfato de magnésio (dose de ataque de 4 g) por IV, infundindo 1 g/h em bomba, + hidralazina (5 mg) por IV, aguardar a recuperação do sensório e iniciar a indução do trabalho de parto.