Questão
RS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (Hospital de Clínicas de Porto Alegre - HCPA)
2023
Residência com pré-requisito - Ginecologia e Obstetrícia (R+ GO)
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Primigesta-29-anos-com151af130294
Primigesta de 29 anos, com 37 semanas de gestação, com pré-eclâmpsia, teve seu parto induzido. Após início das contrações efetivas, evoluiu rapidamente para parto vaginal, sem episiotomia, com laceração de 1º grau. O recém-nascido pesava 2.730 g, com vitalidade. Foi realizado clampeamento oportuno do cordão e administradas 10 UI de ocitocina por via intramuscular após dequitação placentária (cerca de 8 minutos após o nascimento). Logo após a dequitação, a paciente passou a apresentar sangramento em grande volume através do orifício cervical, associado à hipotonia uterina. Foram iniciadas massagem uterina bimanual e infusão intravenosa de ocitocina de 10 UI/hora, controlada por bomba de infusão. Enquanto se obtinha um segundo acesso venoso, foram verificados os sinais vitais: pressão arterial de 74/50 mmHg, frequência cardíaca de 134 bpm e saturação de oxigênio de 98%. A paciente encontrava-se pálida e sudorética, mas consciente. Assinale a alternativa correta sobre a profilaxia e o manejo da hemorragia.
A
A ocitocina profilática foi administrada no momento correto.
B
O ácido tranexâmico (1 g intravenoso) deveria ter sido administrado precocemente em caso de sangramento tecidual, por estar associado à redução da mortalidade materna. Entretanto, seu uso não é recomendado para tratar hemorragia por atonia uterina.
C
Os primeiros medicamentos a serem administrados, persistindo o sangramento, são misoprostol (800 µg por via oral) e metilergometrina (1 ampola de 200 µg por via intramuscular), por serem os mais eficazes e seguros.
D
De acordo com o índice de choque e perda sanguínea estimada, é provável que seja necessário administrar precocemente hemocomponentes (concentrado de hemácias, plasma fresco e plaquetas) em iguais proporções.