Primigesta, 37 semanas e 5 dias de gravidez, procurou atendimento médico, pois não vinha sentindo as movimentações fetais há 2 dias. Ao sonar Doppler não foi possível notar-se a ausculta dos batimentos cardíacos fetais, o que levou à solicitação de ultrassonografia obstétrica que mostrava feto único, de 2890g, com ILA de 9,8 cm e ausência de batimentos cardíacos, sem outros achados. O acompanhamento gestacional foi adequado e tal gestante apresentava tipagem sanguínea A negativo, Du negativo, enquanto a do seu parceiro era O positivo. Ela havia recebido 300 mcg de imunoglobulina IM com 29 semanas de gravidez. Optou-se pela indução do parto e, na internação, foi solicitado Coombs indireto que se revelou positivo para anti-D com titulação de 1:2. Sobre este caso é correto afirmar:
Questão
SP - Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - SCMSP
2016
Residência (Acesso Direto)
Primigesta-37-semanas125a8fb13d0
A
Como Coombs indireto é positivo, devemos considerar a gestante aloimunizado; não havendo, portanto, necessidade de administração de imunoglobulina após o parto.
B
Sendo o Coombs indireto positivo havia alto risco de anemia fetal (50%) e o acompanhamento semanal com Doppler de artéria cerebral média teria evitado o desfecho desfavorável.
C
A dose eficaz para se evitar a aloimunização é de 10 mcg para cada mililitro de sangue fetal Rh positivo.
D
A indicação de cesariana é imperativa, pois há alto risco de anemia materna por sangramento em parto normal.
E
Às 34 semanas, em sendo o Coombs positivo, era necessária amniocentese para espectrofotometria do líquido amniótico visando predição de anemia fetal.