GABARITO: ALTERNATIVA A

A síndrome das pernas inquietas, ou síndrome de Willis-Ekbom, é uma condição caracterizada pela compulsão em mover as pernas, com piora ao repouso e no período noturno, além de normalmente acompanhada de sensações desagradáveis. Muitas vezes há associação com movimentos involuntários das pernas durante o sono.

Acometendo cerca de 2 a 3% da população, a síndrome das pernas inquietas tem fisiopatologia não totalmente esclarecida, mas alguns fatores são classicamente associados à doença:

Caráter genético: 40 a 60% dos casos terão história familiar positiva, sugerindo um distúrbio autossômico dominante ainda não conhecido;
Estoques de ferro reduzidos: em diversos estudos, há correlação entre a síndrome das pernas inquietas e níveis de ferritina menores que 40 a 50 mcg/L, sem qualquer relação com anemia;
Uremia: pacientes com uremia secundária à doença renal crônica é classicamente associada à síndrome das pernas inquietas, com prevalência reportada de até 73% nessa população.

O diagnóstico é eminentemente clínico, através da verificação de um sintoma persistente de necessidade incontrolável de mover as pernas, com piora à noite e acompanhada de sensações desagradáveis dos membros inferiores (ora descritas como dor, formigamento, desconforto, dormência, peso). Há melhora da compulsão com o movimento das pernas.

O tratamento inclui reposição de ferro quando houver ferropenia, evitar fatores agravantes (privação de sono, anti-histamínicos, neurolépticos) e uso de agonistas de dopamina como pramipexol.

Com isso em mente, vamos às alternativas: