Gabarito: alternativa B.

COMENTÁRIO – BRUNO FERRAZ – CARDIOLOGIA / TEMA: HIPERTENSÃO ARTERIAL

Todo paciente hipertenso e diabético é considerado de alto risco cardiovascular. Nesse caso, está recomendada a associação de dois ou mais fármacos de classes diferentes. Nos hipertensos sem nefropatia, todos os anti-hipertensivos podem ser utilizados. Nos pacientes com nefropatia diabética, devemos preferir o uso dos inibidores da ECA (IECA) ou bloqueadores do receptor de angiotensina II (BRA). O uso simultâneo dessas drogas está contraindicado.

Devemos ter cautela com algumas classes de anti-hipertensivos em pacientes diabéticos. Os diuréticos podem alterar a liberação e aumentar a resistência insulínica. No entanto, esse efeito é mais pronunciado em doses mais elevadas. Os betabloqueadores podem interferir na liberação de insulina e aumentar a resistência à insulina endógena. Em diabéticos tipo I, em uso de insulina, os betabloqueadores podem mascarar os sintomas de hipoglicemia e prolongar uma crise hipoglicêmica. Inibidores adrenérgicos e vasodilatadores podem exacerbar sintomas neuropáticos, tais como disfunção sexual ou hipotensão postural. Os inibidores da ECA são preferidos no tratamento da hipertensão em diabéticos por não interferirem no metabolismo glicêmico e por melhorarem a resistência à insulina.