GABARITO B

Olá, Estrategista, vamos falar de colite pseudomembranosa?

O C. difficile é o agente etiológico da colite pseudomembranosa, causa importante de diarreia em pacientes imunocomprometidos e que fizeram uso de antibióticos.

O C. difficile pode ser um constituinte da microbiota normal e não causar sintomas. No entanto, condições que propiciem o desequilíbrio da microbiota intestinal, como o uso de antibióticos, de inibidores de bomba de prótons e a presença doenças crônicas intestinais, podem favorecer sua multiplicação e a colonização do cólon em qualquer faixa etária, resultando em diarreia e colite pseudomembranosa. A colite pseudomembranosa desencadeada pelo uso de antibióticos está relacionada, na pediatria, principalmente a clindamicina, penicilina, amoxacilina, amoxacilina associada ao clavulanato e cefalosporinas.

Os sintomas podem iniciar durante a terapia antimicrobiana ou cerca de até um mês após o seu término. Podemos ter diarreia, dor abdominal, febre, náuseas, anorexia.

O exame de colonoscopia pode mostrar achados que variam desde um eritema leve até uma colite com pseudomembranas (pseudomembranosa).

Os principais exames disponíveis para diagnóstico dessa doença são: pesquisa de toxinas A e B, pesquisa de glutamato desidrogenase (GDH) e testes de biologia molecular (NAAT ou PCR).

Para o tratamento adequado desses pacientes, você deve descontinuar o uso de antibióticos que desencadearam o quadro. Na pediatria, os antimicrobianos de escolha para tratamento são o metronidazol e a vancomicina.

Agora, vamos voltar à questão. Das alternativas descritas, apenas duas são associadas à colite pseudomembranosa em crianças: lincosamida e penicilina, sendo a clindamicina a principal delas. Porém, repare que o enunciado não pede a principal e sim a classe relacionada. Sendo assim, as duas respostas estão corretas e caberia recurso nessa questão.