Estrategista, essa questão cobra um tema muito frequente em provas de Residência. A identificação da síndrome do neurônio motor superior. Vamos relembrar brevemente sobre a neuroanatomia da via motora.

O trato corticoespinhal, tem origem no córtex cerebral, no chamado neurônio motor superior e será responsável por se conectar ao neurônio motor inferior, o que irá levar ao movimento voluntário. Mas, essa não é a única função desse trato. Ele também participará da inibição desse mesmo neurônio motor inferior nas situações em que ele é estimulado de forma involuntária. Sabe quando isso ocorre? Na pesquisa do reflexo profundo! Nessa situação, o examinador golpeia o tendão com um martelo de reflexos, o que estimula a aferência do reflexo profundo, o neurônio sensitivo. Esse neurônio, ao nível da medula, excita o neurônio motor inferior, o que ativará o músculo e provocará o movimento reflexo. Como dito no começo desse parágrafo, o neurônio motor superior modula esse movimento, inibindo de forma parcial, o neurônio motor inferior. Assim, na lesão do neurônio motor superior, o reflexo ocorrerá com um neurônio motor inferior desinibido, cujo saldo final será um movimento exacerbado. Da mesma forma que em um quadro de lesão do neurônio motor inferior, esse reflexo estará abolido.

Estrategista, o que você realmente precisa saber é que existem duas principais síndromes que decorrem da lesão da via motora. A síndrome do neurônio motor superior (NMS), que ocorre nas lesões encefálicas e medulares, e a síndrome do neurônio motor inferior (NMI) que ocorre nas lesões do corno anterior da medula, raízes ou nervo periférico. O termo liberação piramidal é sinônimo de síndrome do neurônio motor superior. Veja a tabela abaixo: