Gabarito: alternativa C.

COMENTÁRIO – BRUNO FERRAZ – CARDIOLOGIA / TEMA: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Diversos estudos demonstraram que a sobrevida é maior nos pacientes betabloqueados que ficam com a frequência cardíaca (FC) próxima de 60bpm. Isso só vale para os pacientes em ritmo sinusal. Em pacientes com fibrilação atrial, a meta é reduzir para aproximadamente 80bpm. O benefício da redução de frequência cardíaca é tão intenso que, em pacientes com FC acima de 70bpm em uso de dose máxima de betabloqueador, devemos associar a ivabradina. A ivabradina é um inibidor dos canais If presentes no nodo sinusal. Por isso, só pode ser utilizada em pacientes com ritmo sinusal. Seu principal efeito é reduzir a frequência cardíaca. A ivabradina reduziu o desfecho composto por mortalidade e hospitalizações por IC em pacientes sintomáticos com FE ≤ 35%, em ritmo sinusal e com frequência cardíaca (FC) superior a 70bpm. Esses pacientes já faziam uso da terapia padrão para IC (IECA, betabloqueador e antagonista da aldosterona). Dessa forma, essa droga é uma boa opção em pacientes que não controlam a frequência cardíaca com dose otimizada de betabloqueador ou não toleram dose máxima do mesmo.