O que o examinador quer saber: sobre os fatores de risco para prematuridade.

O principal fator de risco para prematuridade é o histórico prévio de parto prematuro. O antecedente de parto prematuro aumenta em 25% a chance de um novo parto pré-termo, que geralmente ocorre na mesma idade gestacional.

Na etiologia infecciosa do trabalho de parto prematuro, merecem destaque, principalmente, as infecções do sistema genital e urinário. Bacteriúria assintomática, cistite e pielonefrite foram relacionadas ao maior risco de prematuridade, assim como as infecções do trato genital, sobretudo pelas seguintes bactérias: estreptococos do grupo B, Chlamydia trachomatis, Gardnerella vaginalis, Neisseria gonorrhoeae, Trichomonas vaginalis, Ureaplasma e Haemophilus influenzae e Treponema pallidum. Outras infecções, como a doença periodontal, também podem desencadear o TPP. A vaginose bacteriana foi associada não somente ao parto prematuro, mas também ao abortamento espontâneo, à rotura prematura de membranas e à corioamnionite.

Além disso, vários fatores epidemiológicos estão relacionados à prematuridade: extremos de idade materna (menor de 15 anos ou maior de 40 anos), estado socioeconômico e cultural adverso, ausência de pré-natal, atividade física aumentada, tabagismo, etilismo, uso de drogas ilícitas, situações de estresse materno, intervalo interpartal curto, desnutrição, anemia, obesidade e grande multiparidade.

Diversas complicações obstétricas também estão relacionadas ao maior risco de prematuridade, tanto espontânea quanto eletiva: aborto espontâneo prévio no segundo trimestre, morte fetal anterior, gestações múltiplas, distúrbios hipertensivos da gestação, doença hemolítica perinatal, polidrâmnio, inserção baixa de placenta, descolamento prematuro de placenta, rotura prematura das membranas, corioamnionite, restrição de crescimento fetal, insuficiência istmocervical, cirurgia cervical, malformações uterinas, tratamento de reprodução assistida e sangramento no primeiro trimestre.