GABARITO: ALTERNATIVA B

As infecções por bactérias da Salmonella ocorrem por meio da ingestão de bebidas ou alimentos contaminados. Assim que ingeridas, as bactérias sobrevivem à acidez gástrica, atingindo o intestino. A Salmonella pode causar dois tipos doenças, que variam de acordo com o sorotipo: salmonelose não tifoide e febre tifoide.

No caso da salmonelose não tifoide, pode provocar diarreia, náuseas, vômitos, cólicas e febre, mas não costumam necessitar de cuidados hospitalares e é autolimitada, com duração média variando de alguns dias a uma semana. Quando os sintomas persistem por mais de três dias, pode se tratar de infecção por Salmonella typhi, que envolve um quadro clínico mais grave e persistente, podendo ser fatal. O transporte dessa bactéria é feito através de vasos linfáticos e sanguíneos, podendo atingir diversos órgão como baço, fígado, vesícula biliar, bexiga e até mesmo medula óssea.

Na febre tifoide, deve-se optar por tratamento com antimicrobianos, evitando-os nas infecções não complicadas da salmonelose não tifoide. Mesmo após tratamento adequado, alguns indivíduos podem permanecer como portadores crônicos da bactéria, que fica alojada por muito tempo na vesícula biliar, sendo eliminada periodicamente, podendo contaminar outras pessoas.

As medidas de prevenção da disseminação da doença e da contaminação dos alimentos envolvem práticas de higiene, especialmente durante a manipulação de alimentos, a utilização de água adequadamente tratada, evitar alimentos malcozidos e evitar comer em estabelecimentos que apresentem condições precárias.

É importante saber que o Brasil já dispõe de vacina contra a febre tifoide, mas não há indicação rotineira de sua aplicação, estando recomendada para as pessoas que viajam para áreas de risco da doença.

Correta a alternativa “b” porque a ocorrência de doença na vesícula biliar aumenta as chances de eliminação crônica deste patógeno que tende a permanecer alojado neste órgão por longo período.

Incorretas as alternativas “a”, “c”, “d” e “e” porque não são os reservatórios mais comuns da doença.