GABARITO ALTERNATIVA: C

Estrategista,

O ENARE já cobrou uma questão de pesquisa epidemiológica na edição 2022, mas foi uma questão sobre a pirâmide de evidências que, no final das contas, acabou sendo anulada. Isso significa que a vontade do examinador em testar os seus conhecimentos acerca desse tema não foi totalmente satisfeita. Portanto, nada impede que tenhamos uma nova questão sobre o assunto na próxima prova.

Mas, pensa comigo: seria muito previsível, não?

— É, Bárbara, é entregar de mão beijada...

Sim! Por via das dúvidas, você já vai encontrar uma questão sobre a pirâmide de evidências ao longo do seu sprint. Mas para estarmos preparados para tudo, decidimos elaborar questões sobre outros tópicos quentes e que podem aparecer justamente para o examinador testar os seus conhecimentos sobre pesquisa epidemiológica.

Um dos tópicos mais importantes desse assunto e que é sempre uma das nossas apostas para o ENARE caso estudos epidemiológicos sejam cobrados é exatamente os seus possíveis ENFOQUES, ou seja, por qual motivo base escolhemos aquele delineamento de estudo.

Veja bem: de forma geral, os estudos são realizados para responder perguntas que se enquadram em um dos quatro enfoques a seguir: (1) diagnóstico, (2) prognóstico, (3) tratamento e (4) etiologia/dano.

Embora não exista uma correlação “fechada” entre o estudo e o enfoque, costumamos dizer o seguinte:

• Para validação de ferramentas diagnósticas, utilizamos estudos de acurácia, que são estudos transversais onde comparamos dois testes diagnósticos (isto é, comparamos o teste novo com aquele que já é padrão-ouro).

• Para tratamento, utilizamos ensaios clínicos.

• Para etiologia, utilizamos casos-controle e estudos de coorte.

• Para prognóstico, é comum utilizarmos série de casos e coortes.

A lógica é a seguinte: para saber o prognóstico de uma doença é preciso acompanhar os pacientes longitudinalmente, de preferência de forma prospectiva, e conhecer os dados individuais de cada um. Por isso, os melhores estudos para isso são o relato de caso e a série de casos, bem como os estudos de coorte, embora estes últimos se prestem mais a buscar uma etiologia.

Portanto: