Estrategista, o quadro da Síndrome de Abstinência Alcoólica (SAA) pode se iniciar entre 6 e 24 horas depois do último consumo de álcool ou redução da quantidade de álcool ingerida. A SAA é representada por sintomas como tremores, que são geralmente as primeiras manifestações clínicas, ansiedade, irritabilidade, alterações de atenção, náuseas, febre, taquipneia, sudorese, piloereção, taquicardia e alterações de pressão arterial. Em casos graves pode evoluir para Delirium Tremens (DT), normalmente após 48h do inícios dos sintomas, ocorrendo psicose, tremores intensos e alteração do nível de consciência.

O tratamento é baseado no uso de benzodiazepínicos de meia-vida prolongada, como diazepam, clordiazepóxido e lorazepam (escolha para hepatopatas). A reposição de tiamina é mandatória, e justifica-se para evitar a ocorrência da síndrome de Wernicke-Korsakoff.

Para o controle de eventual agitação psicomotora grave ou de psicose, o uso cauteloso do antipsicótico haloperidol pode ser realizado. Sua cautela justifica-se pois, de forma geral, os antipsicóticos rebaixam o limiar para convulsões, além de aumentarem o risco para arritmias cardíacas. Entre os antipsicóticos, justamente o haloperidol é considerado o mais seguro nesse cenário.

A carbamazepina é uma droga de segunda linha nesse tratamento e pode substituir o uso de benzodiazepínicos. O uso de propofol e barbitúricos também pode ser útil em casos graves e refratários, especialmente no contexto de intensivismo.

Vamos às alternativas!