Estrategista, a prova do PSU-GO cobrou uma questão de avaliação pré anestésica/pré intubação de forma extremamente maldosa e decoreba.

Quando o assunto é via aérea e preditores de dificuldade, vêm a nossa mente inúmeros mnemônicos, e é sobre um desses que a questão nos pergunta. Vamos juntos revisar os mais utilizados.

Dificuldade de Laringoscopia: LEMON:

L – Olhe (Look) externamente: avaliar achados à ectoscopia que podem prejudicar a IOT, tais como pescoço curto, pequena abertura bucal, anormalidades na mandíbula (má oclusão), presença de barba e bigode.

E – Avalie (Evaluate), com a regra 3-3-2: Na regra 3-3-2, devemos lembrar que o primeiro 3 (A) avalia a abertura bucal e um paciente normal pode abrir a boca suficientemente para acomodar três dedos entre os incisivos. O segundo 3 (B) avalia o comprimento do espaço mandibular e deve analisar a capacidade do paciente para acomodar três dedos entre a ponta do mento e a junção queixo-pescoço. O 2 (C) avalia a posição da glote em relação à base da língua.

M – Mallampati:

O – Obstrução/Obesidade.

N – Mobilidade cervical (Neck): Alguns pacientes terão uma dificuldade importante nessa etapa, como é o caso de pacientes com colar cervical, espondilite anquilosante, hipercifose, pacientes com artrodese de coluna cervical e alguns pacientes com artrite reumatoide.

Dificuldade de ventilação com bolsa válvula máscara: ROMAN.

R: Restriction/Radiation: Rigidez ou resistência à ventilação (por exemplo, asma, DPOC, edema pulmonar, doença pulmonar restritiva, gravidez a termo) pode contribuir para o aumento da dificuldade com DMB.

O: Obstruction/Obesity: particularmente obstrução supraglótica, mas pode estar presente em qualquer lugar da via aérea ou obesidade devido a tecidos redundantes das vias aéreas superiores, peso da parede torácica e resistência da massa abdominal.

M: Mask seal, Mallampati, Male

A: Age: Idade superior a 55 anos aumenta o risco.

N: No teeth: Pacientes desdentados (“sem dentes”), que interferem de maneira independente com a máscara.

Dificuldade de uso de dispositivo supraglótico: RODS

R: Restriction

O: Obstruction/Obesity

D: Distorted airway

S: Short thyromental distance

A presença de cirurgia, massa local, distorção da anatomia, história de radioterapia em região cervical ou tumor no local, são todos fatores que prejudicam a realização de cricotireotomia. O procedimento deve ser tentado mesmo assim em pacientes com via aérea difícil e com falha em intubação orotraqueal (IOT).

A questão nos pergunta, qual dos fatores mencionados na alternativa indica uma dificuldade em se utilizar as máscaras faciais, ou seja, nos cobra o conhecimento do mnemônico ROMAN. Vamos às alternativas: