GABARITO: ALTERNATIVA D

O termo encefalopatia hepática (EH) é usado para descrever uma síndrome que se caracteriza por manifestações neuropsiquiátricas reversíveis e que ocorre em indivíduos com doença hepática. Essa condição pode se apresentar com uma ampla variedade de manifestações clínicas, desde alterações cognitivas não identificadas clinicamente até o coma.

Essa condição ocorre em indivíduos com insuficiência hepática e/ou shunt portossistêmico. Essas duas condições contribuem para o aumento dos níveis séricos da amônia, que é neurotóxica.

Essa complicação pode se apresentar com vários sinais e sintomas, sendo os principais: alterações do nível de consciência, euforia, ansiedade, déficit de atenção, alterações do sono, letargia, apatia, alteração da personalidade, comportamento inadequado, Asterix, dispraxia, confusão mental, desorientação e coma.

Comumente a encefalopatia é desencadeada por fatores precipitantes. Os principais estão listados na tabela abaixo.

O tratamento de primeira escolha é a lactulose, na dose de 30 a 60 g/dia. A dose desse dissacarídeo deve ser ajustada até que o paciente tenha 2 a 3 evacuações pastosas por dia.

Nos pacientes refratários podemos associar antibiótico, sendo a rifaximina a melhor opção. Outras opções são: neomicina e metronidazol. Importante lembrar que a neomicina se associa a nefrotoxicidade e ototoxicidade.