GABARITO: ALTERNATIVA B

Estrategista, a síndrome nefrótica na infância apresenta definições semelhantes ao adulto, porém existem algumas particularidade no manejo que veremos a seguir.

A síndrome nefrótica é uma manifestação típica de doença glomerular que é caracterizada pela perda de proteínas em grande quantidade na urina. A tríade clássica consiste nos seguintes elementos:

- Proteinúria > 3,5g/dia em adultos ou > 50mg/kg/dia em crianças

- Hipoalbuminemia < 3,5g/dL em adultos ou < 3 – 2,5g/dL em crianças

- Edema

A resposta natural do organismo frente a hipoalbuminemia é aumentar a produção hepática de albumina, pois ela é essencial para o organismo. No entanto, a produção hepática de albumina é acompanhada do aumento de produção de outros produtos hepáticos, como proteínas da cascata da coagulação e lipoproteínas, culminando com hipercoagulabilidade e dislipidemia. Outra complicação é o risco aumentado para infecções principalmente as bactérias encapsuladas, principalmente por pneumococo e na forma de peritonite ou infecção cutânea.

As principais doenças primárias que se apresentam sob a forma de síndrome nefrótica na infância são a Glomeruloesclerose focal e segmentar (GESF) e Doença de lesão mínima (DLM).

A DLM acomete principalmente crianças de 1-10 anos e se manifesta como uma síndrome nefrótica “pura” com níveis de complemento normais, ou seja, sem hipertensão, hematúria, disfunção renal ou sintomas sistêmicos. O quadro é tão frequente e característico nessa faixa etária que não é indicada realização de biópsia renal! O manejo preconizado é o tratamento com prednisona. Dessa forma, o tratamento de escolha em crianças com quadro clínico TÍPICO de síndrome nefrótica é com corticóide.

Em crianças menores de um ano, principalmente menores de 3 meses de idade, há maior probabilidade de uma síndrome nefrótica secundária a mutações genéticas que classicamente não respondem a corticoide, sendo indicada a biópsia renal nesse cenário.

Em adolescentes ou quadro com presença de características atípicas, ou seja, hipertensão, disfunção renal, hematúria dismórfica, sintomas sistêmicos ou consumo de complemento, a biópsia renal também é indicada para elucidação diagnóstica.

Analisando as alternativas, temos: