O examinador da prova da USFC do ano de 2023 estava com muita preguiça quando elaborou a prova. Enunciados extremamente curtos e diretos (e alguns muitas vezes incompletos).

Na população adulta dos 2-50 anos, os principais agentes causadores de meningite bacteriana são:

- S. pneumoniae (diplococos gram positivos)

- N. meningitidis (diplococos gram negativos)

- H. influenzae (Tipo B)

Atenção: se você identificar no enunciado que se trata de um: neonato (< 2meses), gestante, idoso (> 50 anos), transplantado, HIV/AIDS, pacientes em quimioterapia, etilistas crônicos - nunca se esqueça da possibilidade de meningite por Listeria, pois isso afetará nosso tratamento.

O esquema de tratamento empírico para meningite bacteriana para a população geral (2meses - 50 anos) envolve o uso de uma cefalosporina de terceira geração, classicamente a ceftriaxona (em dose de sistema nervoso central 2g 12/12h). Se situação de risco pteriaara Listéria, adicionar Ampicilina ao esquema empírico.

Referências estadunidenses associam a vancomicina à ceftriaxona no esquema empírico pelo grau de resistência do pneumococo às cefalosporinas. No Brasil, relatórios de 2023 evidenciaram uma elevação na prevalência de pneumococos resistentes à cefalosporinas no Brasil (uma das justificativas utilizadas é o uso de antimicrobianos indiscriminados, em especial durante a COVID) e por isso, também recomendam o acréscimo da Vancomicina ao esquema empírico de tratamento das meningites. Tal informação ainda não se encontra nos guidelines brasileiros, mas sem dúvida, será uma das novidades.

Obs: uma vez confirmado meningite provocada por meningococo, se a uma concentração inibitória mínima foi baixa para penicilinas, pode-se descalonar o esquema antimicrobiano para penicilina cristalina.

Das alternativas, a única opção para o tratamento da doença meningocócica que temos é a ceftriaxona.