Questão
SP - Hospital Alemão Oswaldo Cruz - HAOC
2023
Residência (Acesso Direto)
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Recém-nascido, sexo masculino, 4 dias de vida, nascido de termo, parto vaginal sem intercorrências. Está internado na Unidade de Cuidados intermediários recebendo penicilina cristalina para tratamento de sífilis congênita. O diagnóstico da sífilis materna foi realizado no terceiro trimestre de gestação, com VDRL de 1/64, sendo que a mãe recebeu 2 doses de penicilina benzatina, a última dose recebida uma semana antes do parto. No momento do parto, mãe com VDRL de 1/32, RN com VDRL de 1/16. Na internação, colhidos os seguintes exames da criança: líquor com 12 células/mm³, proteinorraquia de 48 mg/dL, VDRL do líquor negativo, fundo de olho normal, potencial evocado auditivo normal, hemograma e radiografia de ossos longos normais. Hoje, a criança perdeu acesso venoso, realizadas diversas tentativas de nova punção venosa para continuar o tratamento com penicilina cristalina, sem sucesso. A mãe refere que aceita qualquer alternativa terapêutica, seja oral ou intramuscular, mas que não vai permitir novas tentativas de punção. Frente ao desejo da mãe e baseado no quadro clínico da criança e no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, qual é a melhor abordagem?
A
Trocar o tratamento atual para penicilina procaína intramuscular até completar 10 dias de tratamento.
B
Acionar conselho tutelar para tratamento compulsório da criança, tendo em vista a ausência de alternativas terapêuticas e o risco de sequelas a longo prazo.
C
Aplicar penicilina benzatina intramuscular em dose única e alta hospitalar com nova dosagem de VDRL em 15 dias.
D
Interromper o tratamento, dar alta hospitalar e realizar nova coleta de VDRL em 1 mês. Se VDRL ainda positivo, reinternar para tratar.
E
Trocar o tratamento atual para sulfametoxazol-trimetropim via oral, aumentando o tempo de tratamento para 14 dias.