Rui, 42 anos, advogado, portador de hepatite C crônica, asmático em uso de medicações broncodilatadoras de resgate, veio do cardiologista com receita de estatinas para tratamento de dislipidemia, após recente diagnóstico de espessamento miointimal de carótidas. As provas de função hepática revelam: Fosfatase alcalina : 90 (VR 40-106 U/L); INR (International Normalized Ratio) 1,0 (VR 0,8 a 1,0); ALT 50 (VR 5 - 40 U/L); AST 45 (7 - 50 U/L). Temeroso por ter lido que as estatinas podem piorar a doença hepática, quer orientações de seu médico generalista sobre se deve ou não se submeter ao tratamento proposto pelo cardiologista. Qual seria a melhor conduta?
Questão
PR - Associação Médica do Paraná - AMP
2025
Residência com pré-requisito - Clínica Médica (R+ CM)
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A
Orientar a reavaliação das transaminases 30 dias após o início do uso das estatinas e interromper o uso, caso se elevem.
B
Recomendar contra o uso da estatina até resultado favorável da elastografia hepática por ultrassom e os valores laboratoriais da Gama-GT e eletroforese de proteínas.
C
Calcular o FiB-4 (Índice de fibrose hepática) e caso a ferramenta indique baixo risco de cirrose, o uso das estatinas estará liberado.
D
Orientar o início do uso das estatinas comentando que espera-se que, entre 1 a 10% dos indivíduos submetidos a tratamento com estatinas, desenvolvam elevações leves e reversíveis dos valores de transaminases.
E
Substituir a prescrição das estatinas por inibidores da PCS-K9 (anticorpos monoclonais inativadores de proteína, que impede a reciclagem do receptor do LDL-colesterol) garantindo a proteção hepática.