Sobre o período de transmissibilidade: Inicia-se 6 dias antes do exantema e dura até 4 dias após seu aparecimento. O período de maior transmissibilidade ocorre 2 dias antes e 2 dias após o início do exantema.

 Febre por mais de 3 dias, após o aparecimento do exantema, é um sinal de alerta e pode indicar o aparecimento de complicações, como infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e neurológicas. Na ocorrência dessas complicações, a hospitalização pode ser necessária, sendo que o grupo de crianças desnutridas e imunocomprometidos merece maior atenção.

 As complicações raras, porém, graves do sarampo, envolvem o sistema nervoso central (SNC). A encefalomielite pós-sarampo complica cerca de 1 em 1.000 casos, acometendo principalmente crianças de mais idade e adultos. O achado de desmielinização periventricular, a indução de resposta imune à proteína básica mielina e a ausência do vírus do sarampo no cérebro sugerem que a encefalomielite pós-sarampo constitui um distúrbio autoimune desencadeado pela infecção pelo vírus do sarampo.

 O exantema do sarampo começa na forma de máculas eritematosas atrás das orelhas e no pescoço e na linha de implantação dos cabelos. Posteriormente, progride até atingir a face, o tronco e os braços. O exantema característico do sarampo é uma consequência da resposta imune humoral, razão pela qual tem evolução habitual em indivíduos com comprometimento da imunidade celular (por exemplo, pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida).