GABARITO: ALTERNATIVA B

A questão não tem resposta correta, mas vamos aproveitar para revisar um pouco sobre anemias microcíticas.

Quando avaliamos um quadro anêmico, o primeiro dado que nos ajuda na investigação é a morfologia das hemácias, isto é, as características físicas dos eritrócitos. O principal índice usado nessa avaliação é o volume corpuscular médio (VCM), uma medida de tamanho das hemácias, capaz de dividir as etiologias de anemia em três grandes grupos:

Anemias microcíticas, aqueles em que temos hemácias de tamanho reduzido (VCM<80fL);
Anemias normocíticas, em que há hemácias morfologicamente normais, com VCM dentro dos valores de referência (VCM entre 80 e 100fL);
Anemias macrocíticas, com hemácias maiores que o habitual (VCM>100fL).

Assim, anemias microcíticas são aqueles em que temos um VCM diminuído, ou seja, que as hemácias têm tamanho menor que o habitual. Todas as anemias microcíticas derivam de déficits de produção de hemoglobina: como essa molécula é seu componente mais importante, as hemácias não conseguem completar seu desenvolvimento normal sem níveis adequados de hemoglobina, tornando-se reduzidas em tamanho, ou seja, microcíticas.

Lembre-se que a hemoglobina é uma molécula tetramérica, formada por 4 cadeias de globina ligadas cada uma a um grupo heme (resultante da união de ferro e protoporfirina). Assim, as microcitoses podem ser ocasionadas por condições que impeçam a formação dessa molécula de várias formas:

Menor aporte de ferro à medula óssea: deficiência de ferro, anemia de doença crônica;
Incapacidade de conjugar o ferro à protoporfirina para formar o grupo heme: anemia sideroblástica congênita;
déficit absoluto ou relativo na produção de cadeias de globina: talassemias.

Com isso em mente, vamos julgar as alternativas: