GABARITO: ANULADA

Infelizmente a questão não tem resposta correta e foi anulada, mas vamos aproveitar para revisar um pouco sobre a macrocitose.

Macrocitose se refere à presença de hemácias de tamanho aumentado na circulação, o que pode ser verificado através de um volume corpuscular médio elevado (VCM>100fL). A macrocitose pode ou não estar combinada com anemia: em cerca de 60% dos casos o achado de hemácias macrocíticas é isolado, sem outras alterações.

A causa mais comum de macrocitose é o etilismo, por mecanismos não totalmente esclarecidos de toxicidade direta do etanol aos precursores hematopoiéticos. Outras causas de macrocitose sem anemia são a gestação, uso de drogas com efeitos antimetabólitos (hidroxiureia, alguns antiretrovirais) e o hipotireoidismo.

Já as anemias macrocíticas são condições que em geral afetem o desenvolvimento do núcleo dos precursores hematopoiéticos, levando a aumento do citoplasma sem crescimento nuclear adequado. É o caso da anemia megaloblástica por carência de vitamina B12 e ácido fólico, nutrientes envolvidos na síntese de DNA, da mielodisplasia, defeitos clonais dos precursores, e da anemia aplásica, um quadro de hipocelularidade da medula óssea.

Por fim, uma forma interessante de macrocitose pode ser verificada em quadros hemolíticos. Quando há perda periférica de hemácias, a medula óssea aumenta a produção de hemácias, liberando grande quantidade de reticulócitos na circulação, já que esses são justamente as formas eritrocitárias jovens. Assim, quando há extensa hemólise ou sangramento, a reticulocitose pode causar um quadro de macrocitose, porque os reticulócitos são maiores (e, portanto, tem um VCM maior) que as hemácias maduras.

Com isso em mente, vamos julgar as alternativas: