Caro Estrategista,

Define-se atraso puberal, ou hipogonadismo, quando não há evidências de caracteres sexuais secundários em meninas após os 13 anos

e em meninos após os 14 anos.

Doenças crônicas podem cursar com hipogonadismo, assim como algumas deficiências hormonais. Adolescentes cuja puberdade evolui de forma lenta, em mais do que quatro a cinco anos, também devem ser investigados. Abaixo vamos resumir os principais "espectros clínicos" da puberdade tardia:

Atraso constitucional do crescimento e da puberdade (ACCP) - essa variante da normalidade consiste na principal causa de atraso puberal secundário e corresponde a cerca de 50% dos casos. Caracteriza-se por atraso constitucional na evolução da puberdade de caráter familiar de herança autossômica dominante. O mecanismo subjacente é a falta de ativação do eixo HHG. O ACCP é duas vezes mais comum em meninos. Sua principal característica é o atraso puberal associado a atraso de idade óssea, velocidade de crescimento adequada, marcada por tendência familiar de atraso puberal. Essa condição não requer tratamento, apenas acompanhamento clínico.

Hipogonadismo hipogonadotrófico- é ocasionado por doenças hipofisárias ou hipotalâmicas e caracteriza-se pela baixa produção de gonadotrofinas hipofisárias. A síndrome de Kallmann é uma condição genética que se constitui em uma de suas principais causas e caracteriza-se por atraso puberal, bem como anosmia.
Hipogonadismo hipergonadotrófico - corresponde a cerca de 13% das causas de atraso puberal são decorrentes de baixa produção de esteroides sexuais pelas gônadas, ou seja, testículos ou ovários. Com isso, não ocorre o feedback negativo dos hormônios sexuais com a hipófise e hipotálamo, fato esse que ocasiona aumento das gonadotrofinas hipofisárias. As principais causas são a síndrome de Turner na menina e a síndrome de Klinefelter no menino.

A questão nos pede a alternativa que não é causa de atraso puberal: