GABARITO: ALTERNATIVA D.

A hemodiálise apresenta diversas complicações durante o procedimento dialítico.

A hemodiálise é a principal modalidade no Brasil, representando mais de 90% das diálises no país. Nesse tipo de terapia, o sangue do paciente passa pela máquina de hemodiálise que possui um filtro (o capilar sintético!), onde são realizadas trocas de eletrólitos e perda de volume hídrico programado entre esse sangue e uma solução de diálise através de difusão, ou seja, por diferença de concentração das substâncias. Para que isso ocorra, é necessário que o paciente possua um acesso venoso central para permitir que o sangue seja bombeado em fluxos grandes. O acesso preferencial é a fístula arterio-venosa, seguido dos cateteres de longa permanência e por último os cateteres de curta permanência.

Agora que entendemos os princípios da hemodiálise, vamos entender algumas complicações:

- Reação alérgica mediada por IgE: o capilar da diálise pode ser esterelizado com uso de óxido de etileno. Alguns pacientes podem apresentar reações a essa substância a apresentar reações anafiláticas. Atualmente, quase não é mais utilizado. Os pacientes em diálsie também podem apresentar reações alérgicas a outros componentes, como membranas de diálise e heparina.

- Hipotensão: A perda de fluidos é programada na máquina: na hemodiálise, sabemos exatamente quanto de volume vamos retirar do paciente e isso é pré-definido pela equipe médica. Assim, temos o controle do volume a ser retirado, mas isso não significa que o paciente vai tolerar: como vamos retirar muito volume em pouco tempo (apenas durante o tempo em que a terapia estiver ocorrendo), o paciente pode apresentar hipotensão associada ao procedimento.

- Cãimbras: tanto pela perda de líquidos quanto pela alteração osmolar do plasma durante a diálise, podemos ter episódios frequentes de cãimbras.

- Insuficiência cardíaca: com a confecção da fístula arteriovenosa, temos uma ligação de artéria com veia com fluxo sanguíneo de 600mL/min. Esse “roubo de fluxo” para o membro da fístula pode levar a descompensação de insuficiência cardíaca em alguns pacientes.

- Outras complicações: cefaleia, náuseas e vômitos, bacteremia, trombose ou mal funcionamento de acesso vascular, dor torácica, embolia gasosa, síndrome do desequilíbrio. Existem muitas complicações associadas ao procedimento dialítico e é por essa razão que é sempre necessário o acompanhamento do médico nefrologista durante o procedimento!

Analisando as alternativas, temos: