GABARITO: ALTERNATIVA D.

A Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP), também chamada de Persistência da Circulação Fetal ocorre por falha na transição da circulação intrauterina para a neonatal. No período intrauterino, a alta resistência venosa pulmonar permite que o sangue oxigenado passe através do forame oval e canal arterial e seja distribuído aos tecidos, esse é o shunt direita-esquerda (D-E). Ao nascer, com a expulsão do líquido pulmonar e entrada de ar, a resistência cai e o shunt inicia seu fechamento, impedindo que o sangue do coração direito e esquerdo se misturem. Na HPP, o RN mantém a resistência pulmonar alta, diminuindo assim o fluxo pulmonar e impedindo o fechamento do shunt, causando hipoxemia grave.

Há uma grande relação entre a Síndrome da aspiração de mecônio e HPP. Outras causas podem ser doença da membrana hialina, sepse neonatal, asfixia perinatal, hipoglicemia, pneumonia, malformações vasculares ou pulmonares e policitemia.

Devemos suspeitar dessa condição em todos neonatos com diferença de saturação pré e pós ductal, hipoxemia desproporcional à doença de base e labilidade clínica, quando a criança apresentar cianose e queda de saturação ao ser manipulada. A ausculta cardíaca pode trazer sopros e hiperfonese de B2.

O diagnóstico é feito por ecocardiograma, que demonstra a persistência do shunt direito esquerdo, mede a pressão pulmonar e afasta cardiopatias congênitas. A radiografia de tórax depende da causa base e pode estar destoando da clínica do RN.

O tratamento deve ser feito com suporte clínico, associado a oxigenioterapia. O óxido nítrico é um potente vasodilatador e está indicado em casos graves. Medicamentos como os inibidores da fosfodiesterase são indicados em casos refratários ao óxido nítrico. Na presença de disfunção ventricular, a milrinona está indicada.