GABARITO: ALTERNATIVA C

Antes de discutirmos as alternativas vamos relembrar a anatomia da uretra masculina, que se divide basicamente em duas partes, ao nível do diafragma urogenital, em anterior e posterior.

Uretra anterior: fossa navicular, uretra peniana e uretra bulbar (85% dos traumas uretrais são na uretra bulbar). As lesões geralmente ocorrem por trauma direto ou queda a cavaleiro e pode ser uma lesão isolada.

Uretra posterior: uretra membranosa e uretra prostática. As lesões geralmente ocorrem na uretra membranosa e estão associadas à fratura pélvica instável, decorrentes de traumas de alta energia, sendo que o risco de lesão uretral varia de acordo com o tipo de fratura (mais comuns na fratura pélvica anterior).

SUSPEITA DE LESÃO URETRAL

Tríade clássica: uretrorragia, incapacidade de urinar e globo vesical palpável

Hematoma perineal ou “em forma de asa de borboleta”

Próstata flutuante ao toque retal (deslocamento cranial) – na lesão de uretra posterior (membranosa)*

Fratura pélvica – uretra posterior

Trauma direto ou queda a cavaleiro: uretra anterior (bulbar é mais comum)

Diagnóstico: uretrocistografia retógrada

Tratamento: cistostomia

* A última edição do ATLS, 10ª ed., não considera a palpação da próstata um sinal confiável de lesão uretral.

Hematoma perineal em forma de asa de borboleta

Correta a alternativa “c”: Hematúria não é um sinal presente na lesão de uretra. Hematúria geralmente está presente nas lesões renais e vesicais.