Seu Agenor, 77 anos de idade, bancário aposentado, casado há 49 anos com Dona Rosinha, aparece na UBS para uma consulta agendada por Saionara, neta do casal. A moça conta que seu avô é um homem muito alegre, ativo, está sempre conversando com a vizinhança pela manhã com seu chimarrão na mão, e atualizando-se dos acontecimentos e fofocas da vila onde mora. É conhecido pelos amigos por sua fala alta, riso fácil e por estar sempre ajudando quem precisa. Apesar disso, há cerca de 9 meses, perdeu o filho mais velho em um acidente de carro. Depois disso, “perdeu o brilho no olhar”, parece ter envelhecido vários anos, está com a cabeça “mais devagar”, sai pouco de casa, não se interessa mais nas jogatinas no clube da terceira idade, perdeu 14 quilos e tem muitas dificuldades em dormir, o que o torna muito irritado e causa muito sofrimento à família. Dona Rosinha, por sua vez, mostra grande resiliência e está disposta a reunir todas as suas forças para trazer o “velho Agenor” de volta. A esposa ainda conta que não é a primeira vez que o paciente apresenta quadros assim, pois em 1987, quando perdeu a mãe, houve um episódio parecido, assim como em 1998, quando o Brasil perdeu a final da Copa do Mundo para a França, o que o abalou por várias semanas e causou sintomas parecidos. Tendo em vista o quadro acima, assinale a alternativa que traz a melhor hipótese diagnóstica e a melhor proposta terapêutica.