A Síndrome de Mirizzi é a obstrução do ducto hepático comum secundária à compressão extrínseca devido à impactação de cálculos no ducto cistico ou no infundíbulo da vesícula. É complicação não usual da doença litiásica da vesícula biliar e ocorre em aproximadamente 0,05% a 2,70% dos pacientes com colelitíase.

A Inflamação crônica da vesícula biliar, normalmente encontrada nos pacientes com Síndrome de Mirizzi, desempenha um papel na patogênese do câncer. Porém, a incidência de neoplasia de vesícula biliar é a mesma nos pacientes com SM, quando comparados àqueles com colelitíase de longa data.

De acordo com a Classificação de Csendes a presença de fístula colecistobiliar com erosão de mais de dois terços da circunferência do ducto biliar corresponde ao tipo III.

Não existe quadro clinicolaboratorial específico para SM. No entanto, cerca de 80% dos pacientes apresentam: Icterícia, dor abdominal e alterações das provas de função hepática.

Na maioria dos casos o diagnóstico ocorre no intraoperatório e a presença de aderências entre vesícula biliar e hepatocolédoco na área do Trígono de Calot sugere Síndrome de Mirizzi.