Questão
MG - Universidade Federal de Uberlândia - UFU (Hospital de Clínicas de Uberlândia - HCU)
2013
Residência (Acesso Direto)
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Sr. Antônio, 58 anos, 70 kg, com diagnóstico de DPOC vem apresentando há 5 (cinco) anos dispneia progressiva aos esforços associada à tosse predominantemente noturna, ora seca, ora com expectoração brancacenta. Tabagista há 40 anos, com carga tabágica de 50 maços/ano. Procurou pronto-socorro referindo que há 1 dia apresentou piora significativa da dispneia com intensificação na última hora associada à piora da tosse. Ao exame físico encontrava-se taquipneico, ansioso, cianótico, com murmúrio vesicular reduzido difusamente com sibilos discretos bilaterais. Gasometria arterial obtida em ar ambiente: pH 7,3; pCO2 = 60 mmHg; pO2 = 50 mmHg; HCO3 = 29 mEq/L; SaO2 = 85%. Sr. Antônio evoluiu com piora do padrão respiratório e rebaixamento do nível de consciência, e acabou intubado e em ventilação mecânica. Assinale a alternativa INCORRETA:
A
A maioria dos pacientes com DPOC exacerbada evolui com insuficiência respiratória hipercápnica.
B
A acidose respiratória que não foi revertida com o uso de broncodilatadores e/ou de ventilação não invasiva é uma das principais indicações de intubação orotraqueal nestes pacientes. 
C
Os pacientes com DPOC em ventilação mecânica frequentemente têm sua admissão negada em unidades de terapia intensiva, embora a mortalidade relacionada à insuficiência respiratória por outras causas. 
D
Recomenda-se programar o ventilador com volumes correntes em torno de 8 ml/kg, frequências respiratórias mais baixas e fluxos aéreos mais altos, isto é, manter relações inspiratórias e expiratórias maiores.
E
Deve-se fornecer frações inspiradas de oxigênio suficientes para manter a SpO2 em torno de 90-92%. Quantidades maiores de oxigênio podem acarretar piora da acidose respiratória.