Estrategista, o Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento que atinge cerca de 5-7% das crianças, e 2,5% dos adultos. Seus sintomas são divididos entre desatenção, hiperatividade e impulsividade, e causam grande prejuízo acadêmico e interpessoal para a maioria dos pacientes.

Essas manifestações precisam se iniciar até os 12 anos de idade, e se manifestarem frequentemente em pelo menos 2 ambientes diferentes (como casa, escola e trabalho). O diagnóstico pode ser apoiado pela utilização de escalas validadas, como a SNAP-IV.

Cerca de metade dos pacientes tem remissão dos sintomas até o início da vida adulta, sobretudo pacientes do sexo masculino, normalmente mais acometidos com hiperatividade e impulsividade.

Estrategista, o tratamento do TDAH divide-se em duas principais modalidades, uma não farmacológica, baseada principalmente em métodos psicoterápicos, e a outra farmacológica, com uso de psicoestimulantes.

O manejo não farmacológico não é tão eficaz como o emprego de medicamentos, mas essas medidas podem ser iniciadas em pacientes com prejuízos leves ou moderados ou em crianças com idade inferior a 6 anos. Essa abordagem envolve psicoterapia cognitivo-comportamental, psicoeducação, apoio pedagógico e treinamento de habilidades específicas para paciente e família, de acordo com as dificuldades acadêmicas ou sociais apresentadas pelo indivíduo.

O manejo farmacológico nesse transtorno pode ser iniciado a partir dos 6 anos de idade, com uso de psicoestimulantes (primeira linha), como o metilfenidato, entre 5 mg e 60 mg ao dia, e a lisdexanfetamina, entre 30 mg e 70 mg ao dia, que agem melhorando a transmissão dopaminérgica e noradrenérgica e são considerados fármacos de primeira linha no tratamento.

Caso o paciente não responda ou não se adapte ao metilfenidato, inicialmente deve-se trocar para a lisdexanfetamina (ou vice-versa). Caso a situação se mantenha após a troca, podemos instituir uma medicação de segunda linha.

São consideradas medicações de segunda ou terceira linha no tratamento do TDAH, disponíveis no Brasil, os antidepressivos bupropiona, venlafaxina, nortriptilina, imipramina além do promotor de vigília modafinila e a clonidina, um agonista adrenérgico.

Com relação específica aos inibidores seletivos da recaptação da noradrenalina, o principal representante desta classe, aprovada pelo FDA para o tratamento do TDAH a partir dos 6 anos é a atomoxetina, e foi lançado no mercado nacional no final de 2023.

Vamos avaliar as alternativas!