Fala, Estrategista!

Excelente questão!

O Tromboembolismo Pulmonar (TEP) é uma condição com diferentes níveis de gravidade, podendo ser assintomático ou imediatamente fatal. A embolia pulmonar ocorre quando um trombo se desloca para a circulação pulmonar, ocluindo vasos da circulação pulmonar e dificultando a perfusão sanguínea pulmonar: ou seja, piorando a relação ventilação-perfusão (V/Q) e aumentando o espaço-morto alveolar.

O diagnóstico do TEP leva em consideração diversos fatores! Vamos destacar alguns:

- Fatores de risco: Imobilidade, câncer, procedimentos cirúrgicos, tabagismo;

- Fatores clínicos: dispnéia, taquipnéia, hemoptise (maior sensibilidade para o diagnóstico);

- Exames complementares: Raio-X de Tórax, Angiotomografia de Tórax), Cintilografia, ECG (taquicardia sinusal, padrão S1Q3T3), Ecocardiograma (disfunção de VD), Doppler de membros inferiores (TVP);

- Escores diagnósticos: Escore de Wells

Além disso, usualmente solicitamos também exames complementares que não necessariamente diagnosticam TEP, mas que ajudam a prognosticá-lo: destacamos aqui o BNP e a Troponina, que refletem maior pressão intracavitária quando aumentados – pior prognóstico!

Isso, meus amigos, é um resumo do que utilizamos para tal diagnóstico. Sentiram falta do D-Dímero aqui, não é? Proposital, meus caros Estrategistas: o D-Dímero deve ser solicitado somente em pacientes com baixo risco para TEP. Em pacientes com probabilidade pré-teste elevada para Embolia Pulmonar, não há necessidade de solicitar D-Dímero! Além disso (e agora vem o foco da questão), ele não possui qualquer indicador prognóstico quando aumentado!

Podemos classificar o TEP em três subtipos em relação a sua gravidade, pessoal. São eles:

- TEP Não-Maciço: também conhecido como TEP de baixo risco, o TEP não-maciço é caracterizado pela ausência de instabilidade hemodinâmica ou de sinais de sobrecarga do ventrículo direito. Ou seja, sem grande repercussão clínica ou mesmo repercussão ecocardiográfica. Seu tratamento geralmente envolve anticoagulação, sem necessidade de medidas mais agressivas como trombólise endovenosa.

- TEP Submaciço: o TEP submaciço é caracterizado por pacientes estáveis hemodinamicamente, mas com sinais ecocardiográficos de disfunção do ventrículo direito ou biomarcadores cardíacos elevados (exemplo: troponina. Não há sinais de choque ou hipoperfusão tecidual, mas o risco de deterioração está elevado! Em algumas situações, há indicação de trombólise endovenosa aqui, pessoal: piora da disfunção do ventrículo direito ou piora clínica/gasométrica relevante!

- TEP Maciço: forma mais grave de TEP, envolvendo instabilidade hemodinâmica ou manutenção de pressão arterial sistólica < 90-100 mmHg por mais de 15 minutos. Evolução para choque obstrutivo! Aqui, pessoal, o quadro é mais agressivo e o tratamento é, também, mais agressivo - incluindo a possibilidade de trombólise, embolectomia ou suporte circulatório avançado para restaurar a função hemodinâmica e reduzir o risco de morte.

Já temos o suficiente para irmos às alternativas, pessoal: vamos, então, a elas: