GABARITO: ALTERNATIVA B

A pitiríase rósea de Gilbert é uma erupção papuloescamosa aguda que acomete com mais frequência adolescentes e adultos saudáveis (entre 10 e 35 anos). Há uma leve predominância no sexo feminino. Alguns estudos mostram relação entre a pitiríase rósea de Gilbert e infecção pelo herpes-vírus humano 7 (HHV-7) e em menor grau o HHV-6.

Clinicamente há surgimento de uma placa solitária de cor salmão que mede de 2-4cm e descamação na parte interna da lesão. Essa lesão mais comumente surge no tronco e é chamada de “medalhão-mãe”. Horas ou poucos dias após o surgimento do medalhão, há uma erupção de diversas placas ovaladas, semelhantes ao medalhão, porém de menor tamanho. Essa erupção geralmente segue as linhas de força da pele e no dorso tipicamente adquire a distribuição chamada de “árvore de natal”. Face, palmas e plantas são quase sempre poupadas. Na maioria das vezes o quadro é assintomático.

A erupção dura até 8 semanas e resolve-se espontaneamente. Em raros casos o quadro pode persistir por mais tempo ou recidivar. Alguns medicamentos podem causar um quadro de pitiríase rósea-like (IECA, metronidazol, isotretinoína, etarnecept...).

Sem dúvidas o principal diagnóstico diferencial é com sífilis secundária. A grande dica é o acometimento palmoplantar. Na sífilis, o acometimento das plantas e das palmas é muito comum. Portanto, se você está diante de um quadro que suspeita de pitiríase rósea, porém há acometimento palmoplantar, deve imediatamente suspeitar de sífilis secundária!!

Como a pitiríase rósea é geralmente assintomática e autolimitada, muitas vezes é necessário apenas informar sobre o curso clínico benigno da condição. Nos pacientes sintomáticos (com prurido) pode ser administrado corticoides tópicos e/ou anti-histamínicos orais. A eritromicina (200mg, quatro vezes ao dia) e o aciclovir (800mg, cinco vezes ao dia) mostraram redução no tempo de evolução da doença em alguns estudos, porém não são utilizados rotineiramente.