GABARITO: ANULADA

Anemias são estados de redução da massa eritrocitária do paciente, com impacto às suas funções fisiológicas normais. Seu diagnóstico é dado pela queda dos níveis de hemoglobina, conforme valores de referência preconizados pela Organização Mundial de Saúde, mostrados na tabela abaixo:

Para prosseguir à investigação da causa da anemia, devemos olhar o VCM, volume corpuscular médio, uma medida de tamanho das hemácias. Esse é o principal dos índices hematimétricos, capaz de classificar as causas de anemias de acordo com a morfologia eritrocitária, da seguinte forma:

Anemias microcíticas, aquelas com hemácias reduzidas de tamanho, ou seja, com VCM <80fL;
Anemias normocíticas, quando as hemácias possuem VCM normal, entre 80 e 100fL; e
Anemias macrocíticas, em que há hemácias maiores que o habitual, de VCM>100fL.

As principais causas de anemia de acordo com o VCM estão listadas abaixo:

Mas o que quer dizer a contagem de reticulócitos citada pela questão? Essas células são as formas das hemácias quando deixam a medula óssea, ou seja, as formas eritrocitárias jovens, e são importante marcador da atividade medular: quando a produção de hemácias está em funcionamento, espera-se uma maior liberação de hemácias sob a forma de reticulócitos para corrigir a anemia, ou seja, reticulocitose.

Desse modo, estados de anemia com reticulócitos normais ou elevados indicam que a causa da anemia decorre de um defeito de fabricação medular de hemácias, já que se espera que em anemias secundárias à perda periférica de hemácias (como na hemólise) a contagem de reticulócitos esteja aumentada como reflexo da reação eritropoiética medular à anemia.

Com isso, a única causa que poderíamos descartar é a hemólise, já que todas as outras causas de macrocitose listadas acima são desencadeadas por alterações na produção normal de hemácias. Vamos então às alternativas, buscando aquela que não curse com reticulócitos normais ou baixos: