GABARITO: ALTERNATIVA B

Querido aluno, essa questão está desatualizada, mas podemos discutir alguns temas interessantes.

O alfa-2-interferon é uma medicação injetável, por via subcutânea ou intramuscular, que modula a resposta imunológica do paciente, levando à resposta a algumas infecções virais.

Foi amplamente usado no tratamento das Hepatite virais B e C, mas hoje está em desuso. Ainda há indicação da sua molécula peguilada (alfapeginterferon) em alguns casos restritos. Vamos discutir as alternativas.

1- (INCORRETA) A Hepatite B crônica replicativa, com HBeAg positivo, em paciente sem cirrose hepática, é indicação de tratamento inicial com alfapeginterferon (e não mais o alfa-2-interferon convencional) subcutâneo, com o objetivo de se alcançar a soroconversão HBsAg-antiHBs.

2- (CORRETA) Não há indicação de uso de interferon no tratamento do citomegalovírus. Em geral, é uma infecção benigna e autolimitada e o tratamento inclui apenas o uso de medicamentos sintomáticos.

3- (INCORRETA) Atualmente, todo indivíduo com diagnóstico de Hepatite C crônica tem indicação de tratamento, independente de carga viral, genótipo ou grau de fibrose. As medicações previstas no PCDT são os antivirais de ação direta (DAA), sempre em esquema duplo, por 12 a 24 semanas. A saber: Daclatasvir com Sofosbuvir, Ledipasvir/Sofosbuvir, Elbasvir/Grazoprevir, Glecaprevir/Pibrentasvir e Velpatasvir/Sofosbuvir. O alfapeginterferona (e não mais o alfa-2-interferon convencional) associado a Ribavirina ainda pode ser prescrito na população pediátrica de 3 a 11 anos, por 48 semanas.

4- (INCORRETA) Terapias imunomediadas estão indicadas em casos selecionados de infecção por Papilomavírus, incluindo administração intramuscular ou intralesional subcutânea de interferon.