GABARITO: ALTERNATIVA D

O que o examinador quer saber: as causas de alteração do líquido amniótico.

As principais causas de alteração do líquido amniótico se devem à desregulação entre a sua produção e absorção.

A partir das 20 semanas de gestação a urina fetal e o fluido pulmonar são as principais fontes de líquido amniótico e a sua reabsorção ocorre por meio do intestino e anexos fetais (placenta, membranas e cordão umbilical).

O oligoâmnio pode ser causado por rotura prematura de membranas ou por diminuição da excreção de urina fetal, que ocorre nas malformações do sistema geniturinário fetal e na insuficiência placentária.

As malformações geniturinárias que podem levar ao oligoâmnio são: agenesia renal bilateral, doenças renais císticas e obstruções urinárias baixas ou bilaterais.

Na insuficiência placentária ocorre redução do fluxo sanguíneo para os rins, com redução da função renal e consequente diminuição da excreção de urina fetal. As principais causas de insuficiência placentária são: restrição de crescimento fetal, síndromes hipertensivas, diabetes com vasculopatias, colagenoses, pós-datismo, uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina ou de inibidores da síntese de prostaglandinas. Na síndrome da transfusão feto-fetal pode haver oligoâmnio no feto doador por redução do fluxo sanguíneo para esse feto.

O polidrâmnio pode ser causado pelo aumento da excreção de urina fetal ou pela diminuição da sua absorção pelo intestino.

O aumento da produção urinária fetal pode ser consequência de diabetes materna ou de insuficiência cardíaca fetal (anemia fetal, malformações cardíacas fetais, infecções congênitas e síndrome da transfusão feto-fetal no feto receptor).

A diminuição da absorção do líquido amniótico no intestino pode ocorrer por malformações fetais no sistema gastrointestinal, no sistema nervoso central, tumores fetais obstrutivos, malformações torácicas e displasias esqueléticas, por impedirem ou reduzirem a deglutição do líquido amniótico.