A administração de soluções contendo hidratos de carbono na noite que antecede a cirurgia até duas horas antes do procedimento cirúrgico, pode reduzir a resistência insulínica pós-operatória e o catabolismo.

A prevenção de náusea e vômitos pós-operatórios pode ser alcançada efetivamente por estratégia multimodal pelo uso de anestesia intravenosa total com propofol, administração de dexametasona (4 a 8 mg na indução anestésica) e antagonistas dos receptores de serotonina (4 a 8 mg de ondansetron ao final do procedimento anestésico- cirúrgico), bem como a redução do uso de opioides endovenosos no pós-operatório. 

A prevenção de trombose venosa profunda, bem como de tromboembolismo pulmonar, podem ser alcançadas pelo emprego de heparinoprofilaxia (heparina de baixo peso molecular ou fracionada) no perioperatório, compressão pneumática dos membros inferiores, meias de compressão elástica, deambulação precoce e filtro de veia cava em casos específicos.

A duração do íleo paralítico pós-operatório pode ser reduzida ao se estabelecer o uso rotineiro de sonda nasogástrica para cirurgias do andar superior do abdome, prevenção do excesso de fluidos, cirurgia laparoscópica, em vez de convencional, analgesia epidural torácica e emprego de antagonista periférico de opioide (alvimopam).

A hipotermia transoperatória pode determinar vasoconstrição, reduzindo a oferta de oxigênio aos tecidos, bem como piora na atividade oxidativa dos neutrófilos que, em acréscimo a uma menor deposição de colágeno e redução na proliferação celular, compromete o processo de cicatrização da ferida operatória, favorecendo a uma taxa mais elevada de infecção de sítio cirúrgico.