Estrategista, questão muito específica e difícil, mas vamos lá!

A monitorização da pressão intracraniana pode ser feita através da observação clínica e em algumas situações através de um cateter de monitorização. Esse cateter pode ser implantado no espaço subdural, no parênquima cerebral ou mais frequentemente dentro do ventrículo. A ideia é ter um valor objetivo da pressão intracraniana, o que permite maior ajuste de eventuais estratégias visando o controle de hipertensão intracraniana. Nos casos de um cateter intraventricular, por exemplo, diante de uma elevação da pressão intracraniana, o sistema pode ser “aberto” para drenar certa quantidade de LCR e com isso, reduzir a pressão intracraniana.

Quando se deve implantar o cateter de monitorização de pressão intracraniana?

Em linhas gerais, o sistema pode ser usado em várias condições a depender da indicação neurocirúrgica. As indicações mais clássicas ocorrem no contexto do TCE grave (escala de coma de Glasgow ≤ 8). Nessa situação, o cateter estará indicado no:

1. TCE grave com TC de crânio alterada

2. TCE grave com TC normal + 2 dos critérios abaixo:

PAS < 90 mmHg

Postura anormal (descerebração ou decorticação)

Idade > 40 anos

As complicações inerentes a esse sistema de monitorização, se relacionam, sobretudo, ao procedimento de implantação. Embora exista grande variabilidade na literatura, a complicação mais frequente é a hemorragia local. Logo depois, as complicações inerentes a erros técnicos de funcionamento do cateter, incluindo deslocamento e quebra do sistema de monitorização. Infecções do sistema são menos comuns, embora se destaque que quanto o maior o tempo de manutenção da monitorização, maior o risco de infecção.