Um amigo seu lhe pede conselhos e indicação de endocrinologista para o pai, que está piorando da diabetes. Seu Augusto tem 63 e era saudável até um ano atrás. Ele começou com um quadro de diabetes (nem os pais e nem os irmãos tiveram diabetes) aos 62 anos. Seguiu o tratamento como orientado, mas começou a apresentar perda ponderal (perdeu 10 kg nos últimos três meses) e há duas semanas começou com icterícia. Você escuta a história com atenção, mas já está pensando que o Seu Augusto precisa agora de um cirurgião e não de um endocrinologista. Sobre as reflexões e condutas nesse caso, assinale a alternativa CORRETA após avaliar as afirmações a seguir:
I - O quadro de diabetes tardio sem história na família, o emagrecimento e a icterícia levam à suspeita de doença neoplásica pancreática. Uma piora do diabetes nesses pacientes também deve alertar para a possibilidade de câncer pancreático;
II - Algumas perguntas que deveriam ser feitas diretamente ao Seu Augusto seriam quanto à presença de acolia e colúria e quanto à existência de dor abdominal. As primeiras indicam a presença de icterícia obstrutiva e a última não acontece em lesão pancreática, mas ocorre em lesão primária biliar;
III - O exame abdominal deve incluir a pesquisa pelo sinal de Courvoisier (vesícula biliar palpável) e por sinais de ascite. A ascite costuma estar relacionada a pacientes com tumor irressecável;
IV - Em caso de doença incurável, a paliação dos sintomas é recomendável. O tratamento da icterícia pode ser endoscópico, cirúrgico ou até percutâneo e está relacionado a melhora do apetite, bem-estar do paciente e diminuição do prurido. As recidivas da icterícia são mais comuns nos procedimentos endoscópicos em relação aos cirúrgicos e podem estar associadas à colangite.
É CORRETO o que se afirma em: