O sintoma cardinal da fissura anal é a dor aguda durante e após a evacuação, que pode perdurar por um período que varia de minutos a uma a duas horas. Esse é o sintoma mais comumente identificado. O receio da dor na defecação faz com que o paciente postergue as evacuações, o que ocasiona um endurecimento das fezes, constipação e, consequentemente, maior trauma e dor na próxima evacuação.
O sangramento é o segundo sintoma mais comum, mas não invariavelmente presente. Os pacientes costumam relatar sangue vermelho vivo mais frequentemente no papel higiênico, mas também pode ser notado no vaso sanitário, em pequena quantidade. Outros sintomas podem surgir com a fissura anal, inclusive secreção anal mucosa, retenção urinária e dispareunia, muito menos frequentes que a dor e o sangramento.
O diagnóstico da fissura anal pode ser feito quase que apenas com base na história relatada pelo paciente. No exame físico, a retração delicada das nádegas para observar uma laceração linear na anoderme confirma a suspeita e faz-se desnecessário, e raramente tolerado, continuar o exame proctológico quando o diagnóstico é confirmado na inspeção.
Os pacientes estão, com frequência, muito sensíveis para tolerar exame digital retal, anuscopia ou proctoscopia. Quando nenhuma fissura for identificada ou houver dúvida no diagnóstico, um exame sob anestesia pode ser necessário para descartar outras afecções, como por exemplo um abscesso anorretal sem manifestação externa.