A hiperatividade simpática paroxística´(HSP) é uma desregulação autonômica que pode ocorrer em pacientes vítimas de lesão estrutural cerebral aguda, sobretudo, TCE e AVC.

O indivíduo apresenta crises, geralmente de curta duração e desencadeadas por estímulos externos. Tais crises envolvem sintomas de hiperatividade adrenérgica como: taquicardia, taquipneia, sudorese, hipertensão arterial, postura distônica dos membros e até hipertermia. Os gatilhos mais comuns são retenção urinária, tração do tubo endotraqueal e reposicionamento no leito. O quadro, habitualmente, é precoce no curso da lesão cerebral, contudo, pode ocorrer tardiamente e inclusive cronificar-se.

O mecanismo fisiopatológico não é totalmente elucidado, contudo, especula-se que a lesão cerebral possa desconectar áreas corticais primariamente inibitórias do centro simpático diencefálico. Em outras palavras, ocorre uma perda de modulação cerebral sobre o sistema nervoso simpático.

A maioria dos casos resolve-se em período de 1 ano e medicações como morfina, gabapentina, benzodiazepínicos e propranolol podem ser úteis no controle das crises.

O critério HSP, descrito no enunciado, é baseado nos sintomas principais: taquicardia, taquipneia, hipertensão, presença de distonia, sudorese e elevação da temperatura. uma pontuação de 0 a 3 é atribuída para cada uma dessas variáveis, conforme a magnitude da alteração. A escala vai até 18 pontos e valores maiores ou iguais a 17 definem a síndrome como provável, ao passo que pontuação de 8 a 16 definem o quadro como possível. Quando abaixo de 8 pontos, o diagnóstico é improvável.

Quaisquer condições que possam levar, agudamente, aos sintomas comuns na síndrome, podem ser diagnósticos diferenciais. Destaca-se a necessidade de instalação aguda e no contexto de lesão cerebral aguda, posto que é nesse cenário específico que a síndrome de hiperativação simpática paroxística será considerada.

Vejamos as alternativas: