Devido à presença de enzimas digestivas proteolíticas, as fístulas duodenais de alto débito apresentam risco elevado de lesão cutânea, desnutrição e distúrbios hidroeletrolíticos.

A abordagem terapêutica das fístulas enterocutâneas pós-operatórias está centrada na prevenção e no tratamento da desnutrição, da sepse, dos distúrbios hidrossalinos e dos cuidados com a pele.

A presença de fístula de coto duodenal após Gastrectomia Parcial e reconstrução em Y de Roux inviabiliza a utilização do suporte nutricional enteral, pois implica um aumento do débito diário do efluente da fístula e retardo no fechamento espontâneo.

A abordagem inicial das fístulas digestivas pós-operatórias é essencialmente clínica, embora em situações de coleções, abscessos e peritonite haja necessidade de controle mecânico do foco.

As fístulas enterocutâneas pós-operatórias múltiplas, com trajetos curtos, obstrução de fluxo distal e labiadas (com exposição da mucosa) apresentam menor probabilidade de fechamento espontâneo.