possíveis complicações das hérnias incluem encarceramento e estrangulamento. Quando há sintomas de obstrução intestinal, dor persistente por mais de 24h, febre, espessamento e eritema da pele local, é provável que exista isquemia, o que caracteriza o estrangulamento. Este tipo de situação exige avaliação cirúrgica de urgência.

a avalição de um caso suspeito de hérnia inguinal pode ser feita pelo médico de família e comunidade, através de anamnese e do exame físico, que podem identificar alterações na parede abdominal compatíveis com a suspeita. Após esta avaliação, é mandatória a solicitação de uma ultrassonografia da parede abdominal para confirmação do diagnóstico.

as hérnias inguinais são o tipo mais comum de hérnia abdominal. Podem ser diretas ou indiretas, e essa diferenciação pode ser feita através do exame físico, embora possa ser difícil em alguns casos. Quando comparadas hérnias inguinais e femorais, as primeiras apresentam maior risco de encarceramento em relação às segundas, devendo receber abordagem cirúrgica o quanto antes.

o encarceramento da hérnia pode ser resolvido sem necessidade de abordagem cirúrgica. O paciente deve ser colocado em posição de Trendelenburg, realizar analgesia e/ou sedação, seguido de aplicação de pressão contínua e de intensidade leve na porção superior da hérnia com a mão direita. O conteúdo herniário deve ser apreendido pela mão esquerda direcionando-o para a entrada da cavidade abdominal.

as hérnias umbilicais podem ser congênitas ou por enfraquecimento gradual do tecido cicatricial do anel umbilical. O primeiro tipo é mais comum em crianças, e o segundo tipo nos adultos. No caso dos adultos, são fatores que predispõem a hérnia umbilical: obesidade, ascite, gestação e distensão abdominal por tumor. Em ambos os casos, a evolução para estrangulamento é pouco provável, e pode ser adotada conduta expectante.