GABARITO: CERTO

Discussão da questão

O que o examinador quer saber com esta pergunta?

Conhecimentos sobre a luxação congênita do joelho.

O que você precisa saber para responder a esta pergunta?

Luxação congênita do joelho

Definição: A luxação congênita do joelho é um espectro, que vai desde contraturas posicionais até uma luxação rígida e irredutível.

Epidemiologia: 1/100.000 nascidos vivos, mais comum em meninas.

Fisiopatologia: associa-se a contratura do tendão do quadríceps, subluxação anterior dos isquiotibiais, recesso suprapatelar ausente e ligamento colateral encurtado. Geralmente se associa a doenças neuromusculares como artrogripose, mielomeningocele e síndrome de Larsen. Displasia do quadril ocorre em 50% dos casos de luxação congênita do joelho. Também podem ocorrer pé torto congênito e metatarso aduto.

Classificação de Tarek:

Grau	Avaliação radiográfica	Grau de flexão passiva
I	Recurvato simples	>90°
II	Subluxação/luxação	30-90°
III	Luxação	<30°

Tratamento:

Tratamento

Indicações

Considerações

Conservador: manipulação e gesso (inguinopodálico com troca semanal)

Grau I, Grau II até 1 mês de vida

Se quadril luxado também, prioridade é tratar o joelho.

Cirúrgico: liberação de partes moles (liberação percutânea do quadríceps; alongamento (V-Y ou Z); liberação anterior da cápsula; transposição dos isquotibiais; mobilização dos ligamentos colaterais)

Falha em ganhar 30° de flexão após 3 meses de gesso

Grau II (após 1 mês de vida)

Grau III

Casos recorrentes

Objetivo é atingir 90 graus de flexão.

Manter em gesso de 45 a 60 graus de flexão por 4 semanas após.

Discussão da resposta:

A descrição apresentada acima é muito semelhante à classificação de Tarek: hiperextensão (recurvato simples), subluxação e luxação. De fato, no caso de luxação, há impossibilidade de flexão e extensão. Sendo assim, a afirmação está correta.